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Pesquisadores monitoram efeitos de superlotação de mampiferos na Ilha Anchieta - Rádio Costa Azul FM Ubatuba

Pesquisadores monitoram efeitos de superlotação de mampiferos na Ilha Anchieta

Há 41 anos o então governador de São Paulo, José Maria Marin, veio à Ilha Anchieta, em Ubatuba, para a cerimônia de soltura de cerca de 160 animais, pertencentes a 15 espécies de mamíferos e alguns répteis, mas sem estudo prévio. O destino de cada uma das espécies introduzidas no local em 1983 é estudado pelos pesquisadores do Laboratório de Biologia da Conservação (LaBiC) do Instituto de Biociências da Unesp, campus de Rio Claro.

Na época, sem estudo prévio sobre os impactos que eles causariam no ambiente, foram soltas capivaras, cutias, macacos-prego, saguís-de-tufo-preto, quatis, bichos-preguiça, ratões-do-banhado, tamanduás-mirins, tatus, tatupebas e veados-catingueiros.

Os resultados dos estudos liderados pelo professor Mauro Galetti, foram divulgados na revista científica Global Ecology & Conservation. Foram analisados dados dos censos dos mamíferos realizados entre 2002 e 2022. Os pesquisadores, com ajuda dos voluntários, percorreram 611 km, o que resultou em 1.050 eventos de observação de animais.

Esperava-se que, devido ao tamanho da ilha e proximidade do continente, um pouco mais de 15 espécies de mamíferos deveriam ser encontrada, mas apenas cinco se estabeleceram no local, segundo a pesquisa, e só duas espécies prosperaram de maneira notável na ilha. Saguis e cutias são considerados superpopulosos hoje.

Dos cinco saguis-de-tufos-pretos, introduzidos em 1983, a população cresceu e no censo de 2022 foi estimada em 624 animais. Das oito cutias introduzidas em 1983 resultou uma população estimada em 947 indivíduos em 2022, e que desde então se manteve estável. Já outras espécies, como o tatu-galinha, a paca, o tamanduá-mirim e o gambá-de-orelha-preta, foram observados ocasionalmente. Já a preguiça, o veado-catingueiro, o ratão-do-banhado, o tatu-de-rabo-mole e o tatu-peba não foram mais vistos desde 2002, e por isso classificados como possivelmente extintos.

As superpopulações podem afetar o ecossistema na ilha, e por isso os pesquisadores recomendam medidas como o controle reprodutivo, com castração dos machos.

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