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Um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Sorocaba, apontou uma alta contaminação por microplásticos em peixes e praias de Ubatuba. Foram coletadas amostras das praias do Perequê-Açu e Barra Seca que continham contaminantes acima do considerado normal. A pesquisa foi publicada nesta sexta-feira (7) no periódico científico Neotropical Ichthyology.
Nas praias analisadas, havia contaminantes acima do considerado normal: 300 partículas por metro cúbico. Já entre os peixes, cerca de 38%, ou seja, 46 dos 120 indivíduos coletados, tinham contaminantes. Segundo a pesquisa, esse resultado evidencia como os moradores e os banhistas que visitam essas praias estão expostos às substâncias. A pesquisa de iniciação científica foi realizada por Esteban Nogueira, sob orientação de George Mattox, ictiólogo do laboratório de ictiologia.
Conforme a publicação, o estudo analisou amostras de água e de areia no verão e inverno de 2021. Em cada um dos locais, em diferentes períodos, foram coletados 20 peixes da espécie peixe-rei, comum e conhecida por ficar na zona de quebra-mar das praias. As amostras foram analisadas em laboratório para avaliar a presença das partículas plásticas.
Na Barra Seca, foram identificadas 490 partículas por m³, a maior quantidade de microplásticos detectada no verão daquele ano. Já no Perequê-Açú, foi detectado um total de 300 partículas por m³, também no verão. “A hipótese inicial era que o verão seria o período do ano com maior concentração de microplásticos em todas as praias amostradas, por ter maior concentração de turistas, mas como o estudo foi conduzido durante o período de quarentena imposto pela pandemia da Covid, isso pode ter influenciado as amostras”, informou o pesquisador à Folha de São Paulo.
Outro dado importante levantado pelo estudo é o aumento da temperatura da água, um fenômeno cada vez mais intenso, que acelera a absorção de toxinas nos microplásticos entre os animais marinhos.