Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Após cumprimento de ordem judicial que determinou a desocupação e demolição de casas do Morro do Fórum, famílias buscam alternativas para moradia; Defensoria Pública alega violação de direitos humanos.
Na manhã desta terça-feira, ocorreu a desocupação do Morro do Fórum, na Estufa II. Após a retirada dos moradores com seus pertencentes, iniciou-se a demolição das casas, o que, segundo a prefeitura, deve demorar até esta quinta-feira (30). Desabrigadas, as famílias buscam alternativas de moradia.
Alguns conseguiram se instalar temporariamente na casa de amigos e parentes. Um homem entrevistado pela Rádio Costa Azul relata que conseguiu um quartinho para ficar no seu local de trabalho, mas que o espaço é insuficiente para sua família e filhos.
Para aqueles que não conseguiram outro lugar, a prefeitura ofereceu abrigo improvisado no ginásio de esportes municipal, conhecido como Tubão. Foram levados colchões e itens de necessidades básicas para o local e, segundo a prefeitura, serão instalados banheiros químicos e chuveiros para atender as famílias. Por volta das 14h, foi servido almoço e, ainda segundo a prefeitura, as outras refeições serão oferecidas. Até o momento, são 50 famílias no local, sendo 89 adultos e 38 crianças.
No mesmo espaço, a equipe de assistência social faz o cadastro para triagem de interessados em receber auxílio-moradia, que, de acordo com os responsáveis, será de R$1.200,00 pelo período de 3 meses.
Os moradores, porém, se preocupam em não conseguir o benefício.
Os pertences das famílias foram levados para o centro de convenções, onde foram registrados em fotos, e ficarão aguardando encaminhamento.
Em entrevista para a Rádio Costa Azul, as defensoras públicas do Estado avaliam que a desocupação, da forma como foi realizada, fere direitos fundamentais das famílias. Afirmam, ainda, que a defensoria estuda recorrer a órgãos internacionais de proteção dos direitos humanos.
Das 170 residências, 50 já foram demolidas.