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O Japão se aliou à Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Derrotado, entre 1946 e 1947, cerca de 170 japoneses foram alojados, torturados e mortos na Ilha Anchieta, em Ubatuba, no pós-guerra. Após um pedido de reparação de uma associação de descendentes desses presos políticos, a Comissão de Anistia reconheceu as violações aos japoneses nesta quinta-feira (25).
O Estado reconheceu as violações a japoneses presos em uma espécie de campo de concentração em Ubatuba. A lei que criou a Comissão de Anistia prevê reparação aos perseguidos no período de 18 de setembro de 1946 até 5 de outubro de 1988.
Eneá de Stutz e Almeida, presidente da Comissão de Anistia, expressou o pedido de desculpas do Estado. “Quero pedir desculpas em nome do Estado brasileiro pela perseguição que os antepassados dos senhores e das senhoras sofreram, pelas barbaridades, crueldades, torturas, preconceito, ignorância, xenofobia e racismo.”
O Presídio da Ilha Anchieta
A Ilha Anchieta é a segunda maior ilha do estado, com cerca de 826 km². Entre 1902 e 1908, quem morava na ilha precisou sair, pois no local passou a funcionar a Colônia Correcional do Porto de Palmas, prisão para os bandidos mais perigosos da época. A partir de 1928, o lugar passou a receber presos políticos, até se tornar o primeiro presídio de segurança máxima do Estado de São Paulo.
Em 1955, o presídio foi desativado definitivamente, e apenas em 1969, por um projeto chamado FUMEST, suas ruínas foram transformadas em atração turística pelo governador Abreu Sodré.