Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Nos últimos dias, uma ação de poda drástica do jundu realizada pela Prefeitura gerou uma enxurrada de críticas em Ubatuba. A polêmica começou quando vídeos mostraram um trator retirando a vegetação da praia durante o “Limpa Day” do último sábado (22), intitulado pela administração como a maior ação de limpeza de orla da história da cidade.
Na última quarta-feira (19), o biólogo José Ataliba passava pela orla e flagrou o momento em que o jundu era cortado com motosserras. Após a intervenção de Ataliba, a ação foi paralisada e, no sábado (22), equipes da prefeitura voltaram ao local, usando um trator para finalizar a retirada do material podado. A justificativa da ação seria que pessoas em situação de rua se abrigavam no local em meio à vegetação, causando sujeira, além de consumirem drogas no espaço, o que comprometeria a segurança pública.
De acordo com especialistas, a limpeza do lixo acumulado em meio ao jundu deve ser feita manualmente e não com o uso de máquinas, como motosserras e tratores, para que a vegetação seja preservada. O engenheiro florestal Paulo Martins comenta sobre a importância da vegetação para o ecossistema. “O ‘mato que está na praia’, como é citado por muitos, é um local de preservação ambiental, sendo protegido por lei. Deve ser recuperado e delimitadas suas áreas, sendo esta a única forma de garantirmos a defesa da biodiversidade e a estabilização dos bancos de areia, além de uma estratégia de proteção quanto às mudanças climáticas”, declarou.
Instituições da cidade afirmaram que pretendem acionar o Ministério Público sobre o caso. Em conversa com a emissora, o biólogo José Ataliba disse que se colocou à disposição da prefeitura para ajudar com orientações sobre a espécie, e a administração disse que pretende recuperar o dano.
A Rádio Costa Azul tentou contato com a prefeitura e aguarda retorno.