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O Japão se aliou à Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Entre 1946 e 1947, cerca de 170 japoneses foram alojados, torturados e mortos na Ilha Anchieta, em Ubatuba, após a entrada do Brasil na guerra do lado aliado. Após um pedido de uma associação de descendentes desses presos políticos, a Comissão de Anistia marcou para 25 de julho uma sessão de reparação coletiva.
No dia, o Estado vai reconhecer as violações cometidas contra japoneses presos em uma espécie de campo de concentração em Ubatuba.
Em 2013, a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva abordou os casos de tortura e morte de imigrantes japoneses no Brasil, especialmente sobre os que ficaram presos na Ilha Anchieta.
Segundo a Assembleia de São Paulo, a grande maioria dessas pessoas era inocente e foi mandada para lá por se recusar, por exemplo, a pisar na bandeira japonesa, já que o Japão era aliado da Alemanha.
Em 1942, houve o rompimento diplomático e comercial do Brasil com os países do Eixo (Japão, Alemanha e Itália), e os imigrantes sofreram sanções do governo brasileiro da época.
No final da Segunda Guerra, em 1945, parte da colônia japonesa no Brasil não acreditava na derrota do país e na rendição do imperador do Japão. Isso gerou conflito entre os que acreditavam na vitória e os que admitiam a derrota. Nesse momento conturbado, os japoneses chegaram à Ilha Anchieta.
O documentário “Yami no Ichinichi – O crime que abalou a colônia japonesa no Brasil” mostra o fato histórico. Ele é do cineasta Mario Jun Okuhara, que realizou uma pesquisa de 12 anos sobre o tema. No site da assembleia, Okuhara afirmou que é importante o reconhecimento das graves violações dos direitos humanos que os imigrantes japoneses sofreram em Ubatuba. O documentário está disponível no YouTube