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A inclusão garante que todas as pessoas, independentemente de suas diferenças individuais, tenham igualdade e oportunidades. Mais que no discurso, a inclusão deve ser colocada em prática e o esporte é uma das melhores ferramentas para isso. Um menino, morador de Ubatuba, com paralisia cerebral, conta com o surfe para vencer barreiras.
Marcos Schulz de 12 anos é o único surfista adaptado com paralisia cerebral, com movimento reduzido, surfando no Brasil na atualidade. Seu pai, Alaor, conta que ele teve complicações no parto. O filho nasceu e ficou 11 minutos e 40 segundos sem oxigenação. “Ele ficou com o lado esquerdo do cérebro comprometido. Teve os movimentos de perna e braços afetados sem movimento fino, não produz líquido na medula espinhal para ficar de pé sozinho”, explica.
Alaor conta que ele e a esposa, Sabrina, buscaram várias formas para que o filho tivesse qualidade de vida. Foi quando o surfe entrou na vida doe Marquinhos. “Nossa vida mudou quando nossos caminhos se cruzaram com um médico fisiatra em Campinas. O Dr. Eduardo, que indicou que o Marquinhos deveria nadar mais e se divertir na água”.
Alaor e Sabrina trabalhavam em outra cidade, ela recepcionista no ramo hoteleiro e ele cozinheiro e tatuador. Para ficarem mais perto do filho, abriram o Namasveg plant food. Foi quando toda a família, composta por mais uma filha, hoje com 16 anos, veio para Ubatuba em 2018.
O pai relata que no começo o surfe era só para brincar, mas que Marcos virou um atleta focado e não parou mais. Em 2021 ele foi eleito embaixador do surfe adaptado em Jeriquaquara.
Mais do que a limitação física, a maior dificuldade de Marcos são os apoiadores. Os pais promovem rifas e vaquinhas online para o filho participar de campeonatos e apresentações. “Não temos nenhum patrocínio no momento, temos patrocinadores nos equipamentos adaptados”.
Marquinhos agora se prepara para participar do circuito brasileiro de surfe adaptado em Cabedelo, na Paraíba, que terá uma categoria especial em 2024.